NOTÍCIAS DO MOMENTO
Salvador, Bahia
Domingo , 20/07/2008
Domingo , 20/07/2008
1º Caderno
Turismo e zabumba
JOLIVALDO FREITAS
Os festejos juninos já ficaram na memória, mas é bom saber que os resultados positivos agora estão sendo conhecidos, levando-se em conta uma nova realidade presenciada pela primeira vez na Bahia. Foi de causar surpresa o fato de um governo que tem relaxado com o trade turístico, a ponto de deixar o Pelourinho às escuras, sem segurança e sem atrações culturais ou manifestações folclóricas em suas praças mesmo sendo este sítio o mais representativo de toda a região , ter investido, como nunca, na Festa de São João.
Tem quem não saiba que o maior São João do Nordeste não está em Pernambuco ou na Paraíba. No primeiro caso a maior praça é Caruaru, para onde convergem a cada ano mais de um milhão de pessoas em exatos 30 dias de festas contínuas. No caso paraibano, cujo foco é Campina Grande, são mais de 800 mil turistas que chegam de todo o País para mais uma batelada de dias de festa. Mas, estas se concentram nos dois municípios e não passa disso. Fora daí só algumas roças oferecendo pé-de-serra para consumo dos próprios mora dores.
Na Bahia, 90% dos 417 municípios fazem festa no São João. Eventos de todos os tipos, tamanhos e gostos. São gerados mais de cinco mil empregos e a economia ganha um upgrade da maior importância. Um faturamento superior a R$ 500 milhões. Basta saber que o São João na Bahia gera mais faturamento que o Carnaval, e envolve mais do dobro do número de pessoas. Sem falar que o faturamento carnavalesco está centrado nas mãos de poucos.
No São João é uma economia diluída, alcançando a poupança de muito mais gente.
Portanto, é de se louvar a atitude das autoridades do turismo baiano, que, pela primeira vez, decidiram tratar o São João como coisa séria, divulgando maciçamente e de forma profissional a festa, tanto no resto do País como também no Mercosul. O trabalho já deu resultado, pois somente as empresas turísticas trouxeram milhares de pessoas de fora para a festa em diversos municípios.
No final do trimestre passado publiquei, neste mesmo espaço, um artigo irado onde mostrava minha irritação com o fato de o Brasil não conhecer a pujança do nosso São João. Tinha acabado de brigar com historiadores e folcloristas nordestinos que não sabiam que nos nossos municípios ecoam acordeom, triângulo, zabumba e até trio elétrico, por que não? Claro que um trabalho deste tipo precisa de tempo para se consolidar. A iniciativa foi tão boa que até o Pelourinho viveu horas que relembraram seus melhores momentos: bares, lojas e restaurantes funcionando a pleno vapor. Comerciantes, músicos e artistas plásticos rindo à toa. Turistas e nativos em ebulição.
E, é bom que se registre, até Salvador mostrou sua vocação bucólica. Uma velha província iluminada por balões e fogueiras de papel crepom.
Os festejos juninos já ficaram na memória, mas é bom saber que os resultados positivos agora estão sendo conhecidos, levando-se em conta uma nova realidade presenciada pela primeira vez na Bahia. Foi de causar surpresa o fato de um governo que tem relaxado com o trade turístico, a ponto de deixar o Pelourinho às escuras, sem segurança e sem atrações culturais ou manifestações folclóricas em suas praças mesmo sendo este sítio o mais representativo de toda a região , ter investido, como nunca, na Festa de São João.
Tem quem não saiba que o maior São João do Nordeste não está em Pernambuco ou na Paraíba. No primeiro caso a maior praça é Caruaru, para onde convergem a cada ano mais de um milhão de pessoas em exatos 30 dias de festas contínuas. No caso paraibano, cujo foco é Campina Grande, são mais de 800 mil turistas que chegam de todo o País para mais uma batelada de dias de festa. Mas, estas se concentram nos dois municípios e não passa disso. Fora daí só algumas roças oferecendo pé-de-serra para consumo dos próprios mora dores.
Na Bahia, 90% dos 417 municípios fazem festa no São João. Eventos de todos os tipos, tamanhos e gostos. São gerados mais de cinco mil empregos e a economia ganha um upgrade da maior importância. Um faturamento superior a R$ 500 milhões. Basta saber que o São João na Bahia gera mais faturamento que o Carnaval, e envolve mais do dobro do número de pessoas. Sem falar que o faturamento carnavalesco está centrado nas mãos de poucos.
No São João é uma economia diluída, alcançando a poupança de muito mais gente.
Portanto, é de se louvar a atitude das autoridades do turismo baiano, que, pela primeira vez, decidiram tratar o São João como coisa séria, divulgando maciçamente e de forma profissional a festa, tanto no resto do País como também no Mercosul. O trabalho já deu resultado, pois somente as empresas turísticas trouxeram milhares de pessoas de fora para a festa em diversos municípios.
No final do trimestre passado publiquei, neste mesmo espaço, um artigo irado onde mostrava minha irritação com o fato de o Brasil não conhecer a pujança do nosso São João. Tinha acabado de brigar com historiadores e folcloristas nordestinos que não sabiam que nos nossos municípios ecoam acordeom, triângulo, zabumba e até trio elétrico, por que não? Claro que um trabalho deste tipo precisa de tempo para se consolidar. A iniciativa foi tão boa que até o Pelourinho viveu horas que relembraram seus melhores momentos: bares, lojas e restaurantes funcionando a pleno vapor. Comerciantes, músicos e artistas plásticos rindo à toa. Turistas e nativos em ebulição.
E, é bom que se registre, até Salvador mostrou sua vocação bucólica. Uma velha província iluminada por balões e fogueiras de papel crepom.
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