sexta-feira, 17 de novembro de 2006


O MESMO QUE ZIDANE

ane-se o mundo. Para Zidane dar uma cabeçada daquelas, num final de uma Copa do Mundo, coisa que poderia melar para sempre sua imagem como craque equilibrado, só mesmo ouvindo o que não queria. Ao contrário do que os críticos disseram e os jornais publicaram apenas porque estão com raiva dele por ter jogado maravilhosamente contra o Brasil * deu de calcanhar, mandou chapéu, driblou e fez o que quis com nossos jogadores * Zidane fez certo. Tem horas que boa educação e boa índole nada valem. Tem de dar porrada mesmo. E conhecendo os italianos como conheço, tinha de dar chute nas partes baixas e comer as orelhas. Pode observar nos noticiários dos jornais que de cada ocorrência nas delegacias envolvendo estrangeiros, setenta por cento tem a presença de italianos. Os caras são complicados.
Enquanto argentino torra o saco achando que são melhores, mais bem educados, mais ricos e mais bonitos e que ainda jogam barbaridade mais que nós, os italianos chegam como quem não quer nada.
Como estão cheios de euros, mesmo a maioria sendo formada por taxistas romanos, trabalhadores da Fiat ou donos de botecos na Piazza Auxiliatrice, encostam nos portos e aeroportos baianos e vão logo querendo saber onde conseguir meninas novas e de preferência mulatas e onde tem apartamento barato para comprar, de preferência na Orla. Alguns partem para visitar Morro de São Paulo e Porto Seguro e fincam o pé por lá. Como são turistas de baixo estrato social e educacional, mesmo para os padrões europeus, terminam por se envolver em casos, algumas vezes bizarro. Conheço algumas histórias, como a de um italiano que mora colado a uma delegacia, num dos bairros de Salvador e que partiu para pegar a empregada dentro da delegacia, na maior ousadia, depois que ela foi dar queixa de abuso e de ameaça de morte. O cara foi preso e como era estrangeiro logo libertado e o advogado que foi liberar o danado ainda ouviu esbregue por ter demorado.
Outro chegou como turista, engravidou uma garota de 14 anos e ao invés de ir preso conseguiu casar com a garota pobre do subúrbio e ainda ganhou direito à morar por aqui. Comprou uma cobertura grande num bairro conhecido da Orla Marítima e para desespero dos outros moradores fez uma obra transformando a cobertura numa pensão para italianos que ele recepciona em Salvador. No lugar da cobertura ele montou cinco pequenos apartamentos. A polícia nem o síndico podem fazer alguma coisa, pois embora saibam que as pessoas que vão lá são hóspedes, ele diz que são convidados. As porradas que acontecem em Porto Seguro e boa parte das ações da Polícia Federal, envolvem italianos que se escondem nas praias, montam pousadas, restaurantes, barracas de praia. Como os caras conseguem ficar por aqui é um mistério.Outro dia uma família estava atrás de um motorista de ônibus italiano que estava fora do seu país há mais de três anos. Cataram, cataram e o acharam como próspero comerciante em Eunápolis. Deu trabalho repatriar o cara. Isso se ele já não deu um jeito de voltar por Foz de Iguaçu.Mas também, para não ser injusto, tenho de reconhecer que por seus envolvimentos com prostitutas, muitos italianos sofrem na Bahia. Lembra do caso de um deles que ano passado levou para o apartamento uma linda morena, que na verdade era linda mas não era morena, era moreno? O traveca aplicou-lhe um reconfortante “Boa noite Cinderela” com tanta pílula para dormir que o homem dormiu três dias. Quando acordou tinham levado tudo da sua casa. Pior é que cada italiano que vem e volta, pelas facilidades que encontra, manda mais um monte. E haja problema.
Zidane me lembrou que devo dar uma marrada num vizinho italiano porcalhão, chato e barulhento. Chega de aceitar provocações destes mafiosos. E minha vizinha ainda o defende, dizendo que ele é um chato, mas “é tão bonitinho...tem um nariz de ator de cinema...bundinha durinha e um sotaque de arrepiar”.

Acho que vou dar uma porrada nela também.

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